Não tomar o café da manhã pode aumentar risco de doenças

22 de janeiro 2018

Estudo publicado no Jornal Americano de Cardiologia considera a importância da refeição matinal para a manutenção da saúde e atenta para o risco da aterosclerose.

Não tomar o café da manhã pode aumentar risco de doenças

Um novo estudo considera a importância do café da manhã para a prevenção e controle de doenças cardiovasculares. A pesquisa, publicada em outubro pelo Journal of the American College of Cardiology teve como enfoque a aterosclerose e é nesse sentido que o estudo se torna relevante, já que não há nenhum outro com o mesmo propósito: associar o hábito de pular o café da manhã com o aumento do risco da doença vascular.

A aterosclerose é uma síndrome caracterizada pela formação de placas de gordura nas paredes das artérias, impedindo o fluxo sanguíneo. A doença é apontada como a principal causa de infartos e acidentes vasculares.

O cardiologista Valentin Fuster, um dos autores do estudo, afirma que pessoas que costumam ignorar o café da manhã com frequência provavelmente tenham um estilo de vida desregrado. “Este estudo fornece evidências de que (pular o café da manhã) é um mau hábito que as pessoas podem mudar proativamente para reduzir o risco de doença cardíaca”.

Com base no estudo de Progressão da Aterosclerose Subclínica Precoce – PESA, os pesquisadores utilizaram os dados de mais de 4 mil voluntários – homens e mulheres com idades entre 40 e 54 anos – sem histórico de doença cardiovascular. Informações sobre estilo de vida e hábitos alimentares também foram considerados para a confecção do estudo.

O grupo foi dividido em três categorias, de acordo com os respectivos hábitos alimentares diurnos: os que consumiam mais de 20% do total das calorias diárias; os que consumiam de 5 a 20% do total das calorias diárias e os que consumiam menos de 5% do total das calorias diárias. Dos 4.052 participantes, 2,9% ignoravam o café da manhã; 69,4% consumiam café da manhã de baixa caloria e 27,7% de alta caloria.

Ao longo dos anos, como resultado, a aterosclerose foi identificada em maior número nas pessoas que não faziam a refeição matinal ou que optavam por um café da manhã de baixo valor calórico. Também foi observado que os voluntários que não faziam o desjejum sofreram alterações como: aumento de circunferência na cintura, IMC (Índice de Massa Corporal) elevado, aumento da pressão arterial, maior quantidade de lipídios no sangue e níveis glicêmicos mais altos.

Os cientistas ainda observaram que o grupo que não se alimentava corretamente pela manhã estava mais propenso a um estilo de vida menos saudável – consumo de alimentos gordurosos e pobres em nutrientes, maior consumo de álcool e tabaco – e tinha maior facilidade em desenvolver hipertensão e obesidade.

“Além da associação direta com fatores de risco cardiovascular, pular o café da manhã pode servir como marcador para uma dieta ou estilo de vida não saudável, que, por sua vez, está associado ao desenvolvimento e progressão da aterosclerose”, explica o professor José L. Peñalvo, principal autor do estudo. Sobre a relevância da pesquisa, Peñalvo acrescenta que:

“As descobertas são importantes para os profissionais de saúde e podem ser usadas como uma mensagem simples para intervenções baseadas em estilo de vida e estratégias de saúde pública, além de informar recomendações e diretrizes sobre a dieta”.

Fonte: Science Daily


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